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@jonatas
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resenha crítica para matéria de introdução a psicologia da minha pós graduação de arteterapia.

a condição do homem perante a tecnologia

Desde que o homem criou os primeiros aparatos tecnológicos, sempre teve muitos fãs e hoje é um das áreas mais atraentes do consumismo.

Com obsolecência programada e muitas novidades, cada melhoria tecnologica traz consigo uma série de novos recursos, interfaces interativas e melhorias "imperdíveis".

O super fluxo de informações da internet faz com que a novidade seja rapidamente espalhada, como um ataque viral, as pessoas se rendem ao consumismo, melhorando seus aparatos tecnologicos continuamente. Independente de necessidade, a atualização da tecnologia parte sempre do desejo de estar a frente, se sentir parte do progresso e até mesmo uma referência no quesito tecnológico.

Conforto extremo

Cada aperfeiçoamento tecnológico adquirido pela humanidade, desencadeia uma série de novas invenções e novas formas de interação. A medida que as novas tecnologias ganham força no mercado, é possível introduzir produtos inteiramente novos no mercado, enquanto a adaptação de produtos antigos para tecnologias mais novas sempre tem uma curva mais lenta de progressão. Também parecem "menos interessantes" ou "piores" para os "early adopters".

Um exemplo fácil de observar isso são as gerações dos smartphones. Existem muitas gerações antigas em estoque por um preço muito mais compatível que a última versão, mesmo assim as pessoas preferem pagar mais caro para ter a última versão.

A emoção do novo e do mesmo

Desfrutar da novidade e ser diferente sempre foi intrínseco nos desejos humanos. Esse sentimento é muito bem aceito quando falando de eletrônicos e outras tecnologias que além de tudo nos dão muito prazer.

Comprar tecnologia é sim uma expressão de poder aquisitivo e ou excessividade de consumo.

Por exemplo, trocar de smartphone é muito mais barato e fácil do que trocar de carro ou casa. Mas de uma forma mais singela e eficiente, é possível que uma pessoa da classe média tenha o mesmo modelo de smartphone que uma pessoa da classe alta. E isso faz com que consigam pertencer ao mesmo grupo de tecnologia.

Interdependência de organismos e comunidades

Quando a Apple lançou o primeiro iPhone, pouca gente respondia emails de seus smartphones e as redes ainda eram muito mais restritas. Quando começaram a se espalhar as primeiras respostas de emails assinadas: "Enviado de meu iPhone" literalmente começou uma 'egorevolução' tecnologica sobre a vida das pessoas.

Também houve uma mudança nas assinaturas digitais que em muitos fóruns de hardware, continham detalhes de toda a gama de aparelhos que fulano ou ciclano possuía.

Logo que os aplicativos de smartphone e as redes de dados começaram a fluir as pessoas começaram a se sentir 'online' tweetando suas localizações e outras informações de seus smartphones. E foi neste fluxo de interações que as pessoas começaram a interagir pra dentro de seus mundos digitais e esqueceram um pouco de seu lado físico.

Privacidade

As pessoas começaram a se sentir mais seguras e tranquilas enquanto não perturbadas pelo clima a sua volta. Fechadas para o universo de seus smarpthones, tablets e notebooks, todos começaram a viver seu próprio mundo em qualquer lugar.

A falta de iniciativa de conversar em público também contruibuiu para o processo de introspecção nos aparelhos de computadores. Além destes aparelhos possuírem incríveis passatempos como jogos e conteúdos digitais, também era possível se relacionar com outras pessoas do mundo real e esse sentimento trouxe um alívio para as populações que sofrem o stress das grandes cidades.

Segurança

Ao invés de sair de casa e se expor ao riscos das ruas e a marginalidade das grandes cidades, a rede proporcionou estar em casa, ou em qualquer lugar, com seus amigos através da rede virtual. Isso trouxe especialmente uma segurança para os pais, que agora ao invés de ter que deixar seus filhos irem as casas dos amigos, agora poderiam interagir digitalmente e de uma forma extremamente mais segura do que todos os riscos propostos ao ir de encontro.

Este aspecto trouxe uma nova história para as gerações consequentes, que cada vez mais têm se motivado a escolher a interação virtual do que a real.

Reflexos cibernéticos sobre o comportamento social

Quanto mais fundo o homem foi na alienação a tecnologia, mais se tornou dependente da mesma. A proposta deste título é refletir sobre os reflexos atuais no comportamento das diversas gerações ao aprofundar-se nos efeitos mais comuns causados pela alienação a tecnologia.

Conectividade e presença

Após estar inteiramente entregue a tecnologia, a conectividade se torna parte essencial da vida. E como uma massa energética, faz com que as pessoas sintam a presença da conectividade. Muitos são os casos de caos e total improdutividade nos momentos em que não existe conectividade. Muitos não conseguem nem mesmo realizar muitas atividades em seus smartphones pois todos os sistemas são dependentemente distribuídos e é preciso estar conectado para interagir.

Conforme as pessoas foram se tornando íntimas com a internet e com a entrada das redes sociais, a conectividade se tornou essencial o tempo todo. A quebra inesperada dos links começou a trazer uma série de prejuízos reais e psicológicos as pessoas. Em conjunto com o aumento de pessoas usando a internet e aparelhos de celular veio a infraestrutura e todas as atualizações de tecnologias.

Com a chegada das novas redes, novos protocolos foram criados, passando por TDMA, GPRS, 2G, 3G e agora está chegando a tecnologia 4G oferecendo literalmente banda larga para rede móvel. Com tanto poder e acessibilidade se tornou simples de continuar presente na rede até mesmo quando se está viajando. Um exemplo clássico é a inclusão de distribuídores de internet WIFI em ônibus, que muito colabora para tornar a viagem longa mais "produtiva".

Coletividade e altruísmo

O sentimento de coletividade é bom para qualquer pessoa, sentir-se pertencente a um grupo traz segurança e prazer. Ao particiar de um grupo as pessoas desfrutam de vários tipos de direitos e deveres. A internet facilitou o ato coletivo cibernetico, e se tornou tão importante quanto no mundo real.

Muitas pessoas que antes sem oportunidade, motivação ou afinidades em seus interesses agora conseguem se manifestar em seus blogs, sites, perfis em redes sociais e tantas outras maneiras públicas de serem admiradas e seguidas.

Esse processo de coletividade iniciou uma série de organizações e pequenos grupos que podiam compartilhar suas experiências e agir por seus interesses. Um exemplo do sucesso coletivo são os projetos de software de código fonte aberto (opensource), que permite que pessoas de diversas partes do mundo codifiquem e compartilhem suas ferramentas de trabalho de forma codependente alavancando a velocidade de desenvolvimento de software e a qualidade do mesmo.

Com tanto "altruísmo" no ar, as pessoas se sentiram realmente motivadas a ficar por aqui. E se fundaram grandes organizações e mega eventos tecnológicos foram crivados e são realizados periodicamente para que tudo seja verdadeiro.

(In)dependências e (Co)dependências

A coletividade virtual se organizou e popularizou-se o adjetivo "ciberativista" que trouxe o espírito de comunidade virtual ativa. A partir do momento que as pessoas começaram a agir de forma integrada e regular, foi possível veicular problemas sociais reais ao mundo de forma significativa.

A própria televisão e radio passaram a ser codependentes da internet. Dominada de comentários intensos, a comunidade começou a mostrar quanta tv assistia e rápidamente chamou a atenção dos produtores, que organizaram seus espaço para ouvir cada telespectador com atenção.

Essa mudança abriu um canal direto entre o telespectador e os programas de televisão, que também começaram a buscar mais por seus interesses. O próprio assunto da televisão se tornou diretamente demandado pelos assuntos discutidos nas redes sociais. Essa codependência também promoveu ciberativistas e levou assuntos da internet para televisão.

Não foram só os apresentadores de televisão mas outros famosos também gostaram da ideia expondo sua opinião e simpatizando ainda mais com seus seguidores. O twitter definintivamente foi o berço deste fato, promovendo as tendências e criando um espaço aberto para explorar opiniões e interesses em comum. Através do mecanismo de menções, foi possível estabelecer uma linha histórica de conexões entre pessoas, expondo virtualmente suas relações e vínculos.

As redes sociais entenderam perfeitamente o quanto as pessoas tinham a necessidade de reafirmar seus relacionamentos e criaram diversas ferramentas para tornar isso mais vivo e intrínseco em seus relacionamentos. Através da tags em imagens, sistemas de "check in" em grupo, e menções em texto, as pessoas passaram a reforçar públicamente seus vínculos, enfatizando sua popularidade e aumentando seu poder de visibilidade na rede social.

Ansiedade

Comprovou-se que o acesso intenso as redes sociais causa uma série de disturbios psicológicos, entre eles está a ansiedade. O fato é que as crianças estão estudando menos e têm muitos computadores em casa. Os pais ao mesmo tempo não tem o tempo necessário para se dedicar e dar atenção aos filhos e não regulam o tempo que os mesmos utilizam o computador e o que fazem, desta forma se tornou inconsequente a maneira desordenada de uso.

O problema não é generalizado, pois na China, estudos revelaram que as pessoas pensam diferente e dão mais valor para as relações reais do que virtuais. As crianças nem sempre tem acesso ao computador que muitas vezes é apenas um de uso compartilhado por casa. A cultura como um todo não permitiu e nem motivou as mesmas por estes interesses.

Reconhecimento e admiração

De fato, as redes sociais são ferramentas de auto-promoção e isto foi muito atraente para os ocidentais. A professora Linda Jackson, da universidade de Michigan citou uma raiz cultural do caso:

In the United States, it's all about promoting yourself and taking credit for positive outcomes and denying blame for negative outcomes

Enquanto na China é o oposto e as pessoas preferem compartilhar os méritos com o grupo.

In China, it's the opposite. If something bad happens, you take the blame and talk about how you can improve. If something good happens, the credit is shared for the good of the group.

É inegável a conexão de prazer ligado a admiração como parte natural do ser humano. O desejo de ser admirado faz com que a pessoa sinta uma motivação ainda maior para ser melhor1. Este sentimento funciona muito bem em grupo e faz com que o trabalho se torne mais cooperativo, o sentimento está ligado a associar-se e também a ajudar outros membros do grupo que são admirados.

A admiracão virtual se tornou uma ferramenta incrível de tornar as pessoas ainda mais narcisistas. Enquanto compartilhando algo, a pessoa cria um novo 'objeto' de tendência e afinidade, o qual as pessoas 'curtem' ou 'comentam'. Indiferente da ferramenta de fomento do novo objeto em questão, conforme as reações e o feedback da rede, esta pessoa pode se tornar mais tendenciosa no fomento de objetos similares a este.

Da mesma forma quem recompartilha algo, tem o sentimento de sentir-se inspirado ou em gesto de concordância com o mesmo. Reafirma a alimenta a pessoa que criou a ideia, aumenta sua visibilidade e aumenta o potencial deste objeto ser tendencioso para outras pessoas.

A maioria das pessoas ainda não entendeu o quanto isto tem sido prejudicial ao meio. Enquanto admiradores, gananciosos por mais e mais ideias para "seguir". Enquanto admirados, tendenciosos por alimentar e encontrar mais adeptos às suas ideias.

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