Baixe o VirtualBox no site oficial. No seu caso, você vai querer baixar o instalador Windows hosts - x86_64
(também conhecido como x64
ou amd64
). Geralmente vai estar escrito só Windows hosts
mesmo.
Não mude nenhuma opção no instalador.
Assumindo que você quer minimizar o próprio sofrimento, você não vai querer passar pelo processo de instalar um Linux do zero agora. Sendo assim, é muito melhor já baixar um disco pré-configurado com uma distribuição Linux mais ou menos usável.
Ainda bem que tem um site, chamado OSBoxes, que disponibiliza downloads de discos/appliances com um monte de sistemas operacionais pré-instalados. Eu recomendo baixar o .VDI para o Ubuntu 20.04 (ou a versão long-term support mais recente da sua escolha). Só ir na página de imagens com Ubuntu, selecionar a opção VirtualBox VDI, e baixar. Vai ter uns dois gigabytes.
Enquanto o .VDI fica baixando, você vai aproveitar e criar uma máquina no VirtualBox e botar esse disco nela. Para tal, abra o VirtualBox. Lá em cima, vai ter um botão "Nova". Clique nele. Vai aparecer uma caixa de diálogo com quatro campos:
- Nome: sua escolha;
- Pasta: sua escolha, só evite caminhos muito longos, e use um SSD se tiver/puder;
- Type: coloque
Linux
; - Version: coloque
Ubuntu (64-bit)
.
No passo seguinte, você deverá escolher a quantidade máxima de RAM que a máquina poderá usar. Não sabe um valor bom? Abra o Gerenciador de Tarefas (Ctrl-Shift+Esc
), e veja o total de memória RAM livre no seu sistema neste exato instante. Multiplique por 2/3. É isso. Se tiver 6 GB livres agora, coloque 4 GB. Note que o slider é em MB. Tá sobrando memória? Taca 4096 MB e segue a vida.
Em seguida, vem a parte mais importante de todas. Lembra que você deixou o disco baixando? Ele já deve ter acabado. Vai dar pra ver que veio um arquivo .7z ou algo do tipo -- talvez você precise de algo como 7-Zip para tirar o .VDI de lá de dentro. Talvez demore um pouco, tenha paciência. Uma vez extraído o .VDI, selecione a opção "usar um disco virtual existente", clique em "Adicionar", e navegue até o .VDI e selecione-o. Não se assuste com o tamanho virtual de 500 GB -- isso é coisa dos psicopatas que fazem as imagens.
Feito isso, sua máquina virtual tá praticamente pronta! Só falta configurar algumas coisas pra ela não ser um meme.
Esse passo não é totalmente obrigatório (se você estiver com muita pressa), mas é extremamente recomendável. Vamos cutucar algumas configurações da VM pra ela rodar melhor. Selecione a máquina virtual, e clique na engrenagem de configurações lá em cima. Tem várias categorias, e eu vou recomendar umas mudanças. Eu tentei traduzir os nomes do inglês, mas dificilmente vai bater 1:1 com a versão deles:
- Geral:
- Avançado: ative a área de transferência compartilhada.
- Sistema:
- Processador: coloque o número de processadores para o máximo antes do vermelho (costuma ser metade das threads do seu processador), e ative todas as checkboxes que não fizerem aparecer um errinho lá em baixo.
- Aceleração: idem para a checkbox de paginação aninhada. Qualquer coisa que der erro você desfaz.
- Exibição:
- Tela: coloque a memória de vídeo no máximo antes do vermelho, e ligue a aceleração 3D se puder.
Essas poucas mudanças de configuração vão fazer toda a diferença lá na frente, vai por mim.
Clique em Iniciar, e sua máquina virtual ganhará vida, iniciando seu processo de boot. Se der tudo certo, você vai cair numa tela de login. As credenciais da máquina ficam na guia Info
no OSBoxes, no mesmo lugar onde você clicou pra baixar o .VDI. O usuário costuma ser osboxes
e a senha costuma ser osboxes.org
.
Agora, vamos fazer uma série de coisas pequenas mas importantes para podermos brincar com essa imagem do Docker. Num terminal:
- Se o seu teclado for brasileiro, rode
setxkbmap br
; - Atualize o sistema com
sudo apt update && sudo apt upgrade
; - Instale o Docker e o Git com
sudo apt install docker git
; - Note que, dependendo da sua versão do Ubuntu, o nome certo para o pacote do Docker pode mudar bastante. Na dúvida, pesquise "how to install docker on ubuntu WX.YZ" no Google. Tente nomes comodocker.io
,docker-ce
,containerd
também. - Inicialize o serviço de plano de fundo do Docker com
sudo systemctl start docker
; - Para fazer o serviço inicializar automaticamente no futuro:
sudo systemctl enable docker
.
Antes, tinhamos uma máquina Linux novinha em folha. Depois dessa série de comandos, temos uma máquina Linux novinha em folha com Docker instalado, rodando, e programado para rodar sempre que a máquina inicializar. Beleza.
Umas etapas finais de mágica: vamos clonar o repositório do cara lá, e configurar a imagem do Docker. Num terminal (pode ser o mesmo de antes), rode os seguintes comandos:
- Clone o repositório do cara com
git clone https://github.com/EpicEric/gcc-arm.git
; - Entre na pasta da imagem com
cd gcc-arm
; - Prepare a imagem do Docker com
sudo ./build_docker.sh nano vim
. Isso costuma demorar um tico, dependendo da velocidade da sua internet e armazenamento.
Se tudo correr bem, sua imagem está pronta.
Para acessar um terminal no container com o gcc-arm
, use o comando sudo docker run --rm -ti -v "$PWD/src":/home/student/src epiceric/gcc-arm
. Isso vai abrir um bash
com um prompt do tipo student:~/src
. Se isso aconteceu, top! Divirta-se. Pode seguir o resto do tutorial do cara em paz.
Ah, e note que quando ele pedir para editar arquivos (usando o vim
), se você tiver feito o passo opcional no item anterior, eu recomendo usar o nano
. O vim
é muito difícil de usar pra quem não tá acostumado, e foi uma mancada forte do autor do Dockerfile não disponibilizar, por padrão, uma alternativa mais amigável -- e olha que eu adoro o vim
.