cassioeskelsen/RegulamentarTIEhAtraso

## RegulamentarTIEhAtraso
DISCLAIMER: pessoalmente não serei atingido pela criação do conselho,
            minha opinião não é em "defesa de meus interesses""

1. "TI" se faz principalmente nos países do chamado "Primeiro Mundo": Inglaterra, EUA, Japão,
   China(ok, esse não é bem 1o. Mundo), Coréia do Sul, Finlândia, etc. Nesses países não existe
   "Regulamentação da Profissão" que impeça profissionais de outras áreas atuar na TI.
   Vamos nos mirar nesse exemplo ou na Nigéria? (que tem a atividade regulamentada).

   1.1 Aliás, de forma geral, regulamentação de profissão é mais uma das exclusividades do Brasil,
       junto da Jabuticaba, da Duplicata e do novo padrão de tomadas

2. "TI" é um meio, não um fim como Medicina. Não se faz TI por TI, ou seja, nós sempre estaremos
   a serviço de outra profissão.

3. Profissionais de outras áreas precisam exercer nossas atividades. Exemplo: um meteorologista
   precisa programar para desenvolver um modelo meteorológico, um geógrafo precisa modelar um
   banco de dados para fazer sistemas de Geoprocessamento.
   Como eles ficarão com a existência de um conselho?

4. Um caso de um sistema de Geoprocessamento, por exemplo, *dependendo do caso* pode entrar
   na alçada do CREA. Então teremos que aumentar o custo do sistema apenas para ter o "ART"
   de um profissional de TI? Geoprocessamento foi apenas um exemplo.

5. Regulamentação não garante salário. Se assim o fosse não veríamos concursos públicos
   oferecendo R$ 900,00 para Psicólogos. Mesmo a edição de uma lei que crie um
   Piso Profissional não é garantia de nada pois a demanda é que faz o salário.
   Anos atrás, quando as obras no Brasil estavam meio paradas,
   Engenheiro Civil (Profissão que tem Piso) estava sobrando no mercado,
   eles aceitavam qq salário, sem se importar com o piso da categoria.

6. Conselhos criam cargos: Por exemplo, CREA tem Engenheiro Civil, Engenheiro Florestal,
   Topógrafo, Geógrafo, etc. Uma das idéias é que o CONFEI crie cargos também,
   então teremos programadores, analistas de sistemas, DBA, etc, mas TI é dinâmica!!!
   Como vai ser enquadrado um (recente) especialista em NoSQL? DBA??
   Ou ele vai ter que aguardar uma mudança no regulamento do CONFEI
   para poder ter seu cargo reconhecido?

7. Conselhos criam normas: Confei vai dizer como um sistema deve ser desenvolvido?
   E aí, qual tendência vamos seguir? Todo mundo usando PMBOK? E como ficam os "agilistas"?

8. Conselhos são dirigidos por "elites": essa é uma reclamação que ouço de advogados,
   engenheiros, etc. Os profissionais que trabalham no dia a dia não tem o tempo para
   fazer a politicagem necessária para assumir a diretoria dos Conselhos Federais/Regionais
   e com isso criam-se os "dirigentes profissionais", distanciados da realidade
   dos profissionais que dizem "defender".
   8.1. Ouso dizer que se tornar dirigente profissional é o que motiva alguns a defender
        a criação do CONFEI

9. "CONFEI irá punir os maus profissionais". Quantas vezes vemos o CREA, OAB, CRM
    punindo seus profissionais *realmente*? Para punir um mau profissional já
    existem várias leis: Código de Defesa do Consumidor, Código Penal, etc

10. O que aconteceu com a saída dos Arquitetos do CREA para criar o seu próprio
    conselho mostra que um conselho é tudo menos democrático.
    Sempre haverá uma maioria que irá sufocar uma minoria.

11. Vários formados em outras Exatas se tornaram grandes profissionais na nossa área.
    Exemplo, Dijkstra era formado em Física e é reconhecido como um dos maiores
    Cientistas da Computação (basta ver a seção Awards and Honors
    em http://en.wikipedia.org/wiki/Edsger_Dijkstra

Acrescentado em 22/10:

12. Como fica a responsabilização por um projeto de sistema que envolva software open source?
    Por exemplo, se for implantado um sistema que envolva "SQL ANYWHERE EMBEDDED", a
    responsabilidade será da SYBASE. Mas se você fizer um sistema que envolva "SQLITE",
    quem "assinará" por esse sistema? Isso fica potencialmente muito mais confuso quando
    envolve bibliotecas open source.
	DISCLAIMER: pessoalmente não serei atingido pela criação do conselho,
	minha opinião não é em "defesa de meus interesses""

	1. "TI" se faz principalmente nos países do chamado "Primeiro Mundo": Inglaterra, EUA, Japão,
	China(ok, esse não é bem 1o. Mundo), Coréia do Sul, Finlândia, etc. Nesses países não existe
	"Regulamentação da Profissão" que impeça profissionais de outras áreas atuar na TI.
	Vamos nos mirar nesse exemplo ou na Nigéria? (que tem a atividade regulamentada).

	1.1 Aliás, de forma geral, regulamentação de profissão é mais uma das exclusividades do Brasil,
	junto da Jabuticaba, da Duplicata e do novo padrão de tomadas

	2. "TI" é um meio, não um fim como Medicina. Não se faz TI por TI, ou seja, nós sempre estaremos
	a serviço de outra profissão.

	3. Profissionais de outras áreas precisam exercer nossas atividades. Exemplo: um meteorologista
	precisa programar para desenvolver um modelo meteorológico, um geógrafo precisa modelar um
	banco de dados para fazer sistemas de Geoprocessamento.
	Como eles ficarão com a existência de um conselho?

	4. Um caso de um sistema de Geoprocessamento, por exemplo, dependendo do caso pode entrar
	na alçada do CREA. Então teremos que aumentar o custo do sistema apenas para ter o "ART"
	de um profissional de TI? Geoprocessamento foi apenas um exemplo.

	5. Regulamentação não garante salário. Se assim o fosse não veríamos concursos públicos
	oferecendo R$ 900,00 para Psicólogos. Mesmo a edição de uma lei que crie um
	Piso Profissional não é garantia de nada pois a demanda é que faz o salário.
	Anos atrás, quando as obras no Brasil estavam meio paradas,
	Engenheiro Civil (Profissão que tem Piso) estava sobrando no mercado,
	eles aceitavam qq salário, sem se importar com o piso da categoria.

	6. Conselhos criam cargos: Por exemplo, CREA tem Engenheiro Civil, Engenheiro Florestal,
	Topógrafo, Geógrafo, etc. Uma das idéias é que o CONFEI crie cargos também,
	então teremos programadores, analistas de sistemas, DBA, etc, mas TI é dinâmica!!!
	Como vai ser enquadrado um (recente) especialista em NoSQL? DBA??
	Ou ele vai ter que aguardar uma mudança no regulamento do CONFEI
	para poder ter seu cargo reconhecido?

	7. Conselhos criam normas: Confei vai dizer como um sistema deve ser desenvolvido?
	E aí, qual tendência vamos seguir? Todo mundo usando PMBOK? E como ficam os "agilistas"?

	8. Conselhos são dirigidos por "elites": essa é uma reclamação que ouço de advogados,
	engenheiros, etc. Os profissionais que trabalham no dia a dia não tem o tempo para
	fazer a politicagem necessária para assumir a diretoria dos Conselhos Federais/Regionais
	e com isso criam-se os "dirigentes profissionais", distanciados da realidade
	dos profissionais que dizem "defender".
	8.1. Ouso dizer que se tornar dirigente profissional é o que motiva alguns a defender
	a criação do CONFEI

	9. "CONFEI irá punir os maus profissionais". Quantas vezes vemos o CREA, OAB, CRM
	punindo seus profissionais realmente? Para punir um mau profissional já
	existem várias leis: Código de Defesa do Consumidor, Código Penal, etc

	10. O que aconteceu com a saída dos Arquitetos do CREA para criar o seu próprio
	conselho mostra que um conselho é tudo menos democrático.
	Sempre haverá uma maioria que irá sufocar uma minoria.

	11. Vários formados em outras Exatas se tornaram grandes profissionais na nossa área.
	Exemplo, Dijkstra era formado em Física e é reconhecido como um dos maiores
	Cientistas da Computação (basta ver a seção Awards and Honors
	em http://en.wikipedia.org/wiki/Edsger_Dijkstra

	Acrescentado em 22/10:

	12. Como fica a responsabilização por um projeto de sistema que envolva software open source?
	Por exemplo, se for implantado um sistema que envolva "SQL ANYWHERE EMBEDDED", a
	responsabilidade será da SYBASE. Mas se você fizer um sistema que envolva "SQLITE",
	quem "assinará" por esse sistema? Isso fica potencialmente muito mais confuso quando
	envolve bibliotecas open source.