Skip to content

Instantly share code, notes, and snippets.

@fjuniorr
Last active December 18, 2020 14:34
Show Gist options
  • Save fjuniorr/8979baa53bddc6bde97492353e4811f3 to your computer and use it in GitHub Desktop.
Save fjuniorr/8979baa53bddc6bde97492353e4811f3 to your computer and use it in GitHub Desktop.

De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil. Nos arriscamos pouco, e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação.

Ganhamos fama com críticas negativas, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que, nós críticos, devemos encarar, é que no quadro geral, a mais simples porcaria, talvez seja mais significativa do que a nossa crítica.

Mas, há vezes em que um crítico arrisca, de fato, alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade.

O mundo costuma ser hostil aos novos talentos, às novas criações. O novo precisa ser incentivado.

Ontem à noite eu experimentei algo novo; um prato extraordinário de uma fonte inesperadamente singular. Dizer que tanto o prato, quanto quem o fez, desafiam minha percepção sobre gastronomia, é extremamente superficial. Eles conseguiram abalar minha estrutura.

No passado eu não fazia segredo quanto ao meu desdenho pelo famoso lema do Chef Gusteau: “Qualquer um pode cozinhar”. Mas eu percebo que só agora, compreendo realmente o que ele queria dizer. Nem todos podem se tornar grandes artistas, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar.

É difícil imaginar origem mais humilde do que desse gênio que agora cozinhando no Gosteau’s que é, na opinião deste crítico, nada menos do que o melhor Chef da França.

Eu voltarei ao Gusteau’s em breve, com muita fome.

-- Anton Ego, em Ratatouille (2007)

Sign up for free to join this conversation on GitHub. Already have an account? Sign in to comment